22/02/2017

VAMOS DAR AOS POBRES APENAS A POBREZA

Nesse momento de crise o aumento da pobreza não é apenas devido à grande desigualdade de renda que temos nem, tampouco, aos milhares de casos de corrupção que acompanhamos no dia a dia.
A escassez e a má qualidade dos serviços públicos que temos na região do Extremo Sul do Piauí, são exemplos claros desta distorção. Os governos insistem na manutenção do pobre na pobreza.
Os fracassos na aplicação de nossas políticas públicas são comuns em vários setores. A educação não consegue iniciar, a contento, suas atividades escolares. Na saúde, UPA's não conseguem abrir suas portas à população, e na agricultura; o cerrado não consegue escoar ou viabilizar a produção devido à má qualidade das estradas e a falta de infraestrutura na região. Cito apenas estes, entre milhares, para termos como exemplos.
Para os pobres, bastam as políticas sociais do engodo, bolsas e auxílios que passaram a ser a tábua de salvação. Recursos que ainda persistem no socorro ás famílias em situações aflitivas. Mas todos sabemos que precisamos muito mais que isso.
O mais interessante é que quem defende os governos não usa ou não depende desses serviços e quem os utilizam vive a reclamar. A maioria protesta mais com os pés que com a cabeça, gastando sola de sapato para nada conseguir.
Quanto mais verbas chegam para tais serviços, remédios desaparecem, faltam médicos e equipamentos em nossos postos de saúde, e os pacientes, vivem uma verdadeira tortura nas filas dos hospitais, na esperança de conseguir ficar em um corredor para morrer à míngua.
No entanto, de que adianta tanto dinheiro público enterrado num sistema que não funciona? Quando não é mal aplicado, o destino são os grossos canos da corrupção.
Reclamar dos atuais governos, ou posicionar-se contra um sistema que passou 12 anos e não teve tempo de solucionar é visto como um reacionário, antidemocrático. Enquanto isso, os que os defendem gozam do privilégio de gastar suas economias nos planos privados de saúde e nas escolas particulares.
No Vale do Gurguéia, com a escola pública, o drama é o mesmo. O dinheiro nunca chega e se chega, nunca dá. Os salários nunca são satisfatórios.
Assim, as escolas vão ficando estragadas, desorganizadas, feias, sujas, enquanto os professores fazem greve.
Será que vale a pena manter essa “bonita” máquina de gastar dinheiro em funcionamento? E o futuro de nossas crianças como será?
O enfrentamento às desigualdades sociais carece de mais investimentos em saúde, educação e melhoria de renda.
Os governos estão demorando muito para encontrar uma porta de saída e evitar que milhares de irmãos do Extremo Sul do Piauí permaneçam dependentes dos repasses constitucionais.
Até quando vamos dar aos pobres apenas a pobreza?FNotícias

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