Apelo solitário e incontido do compositor santarritense, JOSÉ IDELMAR BUENO (Mazinho), ex-funcionário do BANEB, Agência de Formosa do Rio Preto, a despeito da precária situação em que se encontra toda a bacia do Rio São Francisco.
São Francisco, o rio que integra a nação por fazer a sua trajetória, atravessando vários estados brasileiros, unindo aspectos de diversas culturas regionais; São Francisco, considerado muito mais que um rio por fazer parte da vida das pessoas que habitam às suas margens; Velho Chico que não se cansa de trabalhar dia e noite a fim de atender às necessidades das pessoas. Hoje, sem vida própria, faz apelo incessante aos seus ribeirinhos.
Sem resposta e sentindo-se, a cada dia que passa, que sua próxima noite de sono não haverá despertar, pede clemência aos habitantes das suas profundezas, a todos os personagens da "Lenda do Sono":
- às almas dos afogados que se dirigem para as estrelas; aos peixes que param no fundo do rio em respeito ao seu sono; às cobras que perdem o veneno naquele momento de calmaria para a ação de pescadores e navegantes, bem como ao Nego D'água que habita a profundeza do rio e com suas gargalhadas assusta os pescadores e lavadeiras que não o agradam com peixes, fumo de mascar e pinga, costumando virar canoas daqueles que pescam de forma prejudicial ao meio ambiente.
A todos eles, o Velho Chico clama: O QUE PODEM FAZER POR MIM, JÁ QUE FIZ TANTO POR VOCÊS?
O Rio Preto é parte disso e se sente co-autor de toda essa calamidade.
Vejam o vídeo acima: Só nostalgia!
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