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| Formosa do Rio Preto-BA |
Ângulo sempre muito apreciado para registro de imagens por parte dos amantes do rio Preto.
Bom rever e lamentável comparar. Pode-se confessar sobre a melancolia em não mais poder ver, hoje, barcas ancoradas no porto, como na primeira foto, em razão da baixa vazão da água desse "nego" tão querido.
As consciências despertas, mas sem atitude, devem acreditar em "Nego D'água", já que agem como se não estivessem enxergando que, agora a passos largos, o rio Preto está virando aquela entidade que nos fazia arrepiar de medo quando crianças. E Formosa do Rio Preto deve estar com preconceito de cor, pois terá que mudar de nome dentro em breve, parece que sem nenhuma preocupação.
O "Nego d'Água" que nos acuda ou então ele também vai ter que nadar no "seco". Certamente, no rio Preto é que não vai mais, caso não tome suas providências.
Vamos retaliá-lo, agora, já que tanto nos assombrou, outrora!!!
ANOS 70
ANOS 90
MOMENTO ATUAL


...Não uma verdade, mas várias verdades nesse texto.
ResponderExcluirMe lembro dos meus primeiros anos de Vida no Ieiú ( escrevo assim; não com " y " como vejo escritos por aí, pois não associaram-se ao nosso alfabeto antes do surgimento da vereda.) sentia medo de olhar o rio, só íamos acompanhados, todos, e por mainha levados. Era de uma negritude e ao mesmo tempo de uma calmaria incomparável. Era umas das áreas mais fundas. No período de cheias tomava todo o Porto do " Tesouro,"este, antes do Ieiú.
Aos sete anos viemos pra rua, estudar, morar, e em meados de oitenta e alguma coisa, antes muito dos dez anos, me afoguei na grande cheia, daquelas que levaram a ponte, pulando de uma Barca, parecida com essa da imagem, inclusive ancorada no mesmo lugar.
Hj em dia, por vezes, vou até o Porto raso, e lembrando que realmente não há mais nego d'água pra assombrar, não naquelas águas rasas e claras...como fazia comigo, meu avô Grande ( tinha 2,05 de altura ) quando me levava no colo, passando pelo " corre água " da rua do Cruzeiro...
Esse Rio Preto, outrora profundo e sereno, descrito assim por mim. E como será pelo meu neto ou gerações seguintes às dele?
Outro dia estava ouvindo, " Prece ao Vento " de Gilvan Chaves, não aquelas outras versões gravadas por Fernando Mendes ou Dorival Caymmi ( Prece ao vento foi confundida com as canções praieiras de Caymmi, por causa da semelhança de estilo, mas não é dele ) mas a original, lindamente cantada com as mesmas expressões regionalistas de Gilvan, sentada à beira do Rio.
" Prece ao Vento "
Vento que embalança as páias do coqueiro.
Vento que encrespa as águas do mar
Vento que assanha os cabelos da morena, me trás notícia de lá
Vento que assobia nos teiado
Chamando pra lua espiá, ô......
Vida que segue.