Nada pode ser comparado a um emocionante voo como a história de Carlos Henrique Santoro (Babau). Este menino que passou a fazer parte de nossas vidas, assim que se tornou apto a pilotar helicópteros; assim que, pelo prazer que sente em voar, quis repassa a outras pessoas, quase que intuitivamente, a sensação de voar, mostrando quão grande é a sua paixão pela profissão.
Foram várias as oportunidades em que Babau se colocou à disposição, a fim de contribuir para que Ralfe, meu filho, adquirisse a prática da profissão, assim como a outros aprendizes, lá pelos anos de 2008/2009.
Em maio de 2010, com 24 anos, já exercendo a profissão, Babau sofreu um grave acidente de carro, em Goiânia, perdendo parte do braço direito.
Surpreendendo a todos, logo após voltar da cirurgia, decidido e com uma incrível força interior, foi taxativo em afirmar: "Se ainda não existe, eu serei o primeiro piloto de helicóptero a voar com prótese". Palavras dele, ao pedir à psicóloga que o acompanhou, que avisasse aos seus familiares sobre o quanto tinha acordado otimista, além de que o braço amputado não o tiraria da aviação, sua grande paixão.
Assim aconteceu. O comandante Carlos Henrique Santoro voltou a voar com uma prótese, substituindo o braço direito, tornando-se pioneiro na experiencia de pilotar helicóptero sem um dos membros superiores.
Com autorização oficial dada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para voar com a prótese, ele fez, no mês de novembro de 2011, em Goiânia/GO, o chamado voo de recheque, um procedimento obrigatório anual para todos os pilotos, a cargo daquela entidade autárquica, voo este, necessário à reavaliação e capacidade de operação de uma aeronave.
A história de Babau seria única no Brasil se não tivesse se tornado, também para o mundo, exemplo de força interior e muito propósito, considerando que não há registro de história similar em nenhum lugar do mundo.
Para nossa surpresa, assistindo ao Fantástico do último domingo (15/11), vimos que ele continua com a mesma predisposição em proporcionar a quem quer que seja, a satisfação que continua sentindo em voar.
O piloto Gustavo foi vítima de acidente, perdendo, justamente, o braço direito. Pesquisando na internet sobre a quem recorrer na tentativa de um auxílio para voltar a voar, lá estava Babau como exemplo. Pelo que vimos, Babau, mais uma vez prestou ajuda primordial para que Gustavo voltasse a voar.
Ao comandante Carlos Henrique Santoro (Babau), do alto dos seus 29 anos, receba esta homenagem e agradecimento em meu nome e em nome de Ralfe Lélis de Barros (meu filho), por tudo que, voluntariamente, se dispõe a fazer pelas pessoas. Agora, mais do que nunca, declaro a você, a minha admiração e apreço, aguardando e torcendo pelo seu almejado voo para a aviação executiva
Salve, Babau!!!
Laicília Lélis
Assistam aos vídeos e vejam detalhes sobre a trajetória deste piloto admirável.


Nenhum comentário:
Postar um comentário