No carnaval de 1994, uma morena de curvas acentuadas quase pôs fim ao governo do presidente Itamar Franco. Fotografada no camarote presidencial no Sambódromo do Rio de Janeiro com a 'flor' desnuda, a modelo Lilian Ramos virou celebridade da noite para o dia. Hidratado pela grande imprensa, o episódio chegou a motivar o Congresso Nacional a pedir o afastamento de Itamar, salvo posteriormente pelo lançamento do Plano Real. Após driblar um batalhão de seguranças, Lilian deixou a Marquês de Sapucaí em companhia de Franco, rumo ao Hotel Gloria, na capital fluminense. Mas como a desconhecida moça conseguiu chegar até ali? O jornalista Antonio Pietrobelli tem uma teoria. A farra pode ter sido patrocinada pelo insuspeito Alberto Youssef, que aparece na imagem de Marcelo Carnaval ao lado de Lilian, trajando elegante blusa azul, segundo o escriba. Youssef teria dado o presente de pouco embrulho e sabores mil a Itamar Franco a pedido de Valdemar Costa Neto - deputado cassado no esquema do mensalão. Pois bem, duas décadas depois, o cafetão Youssef, que passou despercebido pelos governos FHC e Lula, emerge do bordel para - mais um vez - animar o baile e pôr em risco a instabilidade política do país. Razão tem Ruy Barbosa quando cravou no início do século passado que no Brasil tudo se eterniza, inclusive os libertinos. ZDA
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