DE BELO HORIZONTE
Uma briga de vizinhos por causa do uso de um espaço público acabou com um
veículo cimentado sobre a calçada na região oeste de Belo Horizonte, no sábado
(7). O inusitado caso vem chamando a atenção de curiosos que passam pelo local.
O local da disputa é uma rua inacabada, muito íngreme. Segundo frentistas do
posto de gasolina anexo à zona de conflito, há algum tempo o advogado Márcio
Parreiras Drumond usa a área para expor carros para revenda. Nesta quinta-feira
(12), havia três carros no local, além do veículo cimentado.
Na esquina dessa rua está em construção um prédio de lojas comerciais.
Segundo a advogada Tatiana Mafaldo, que trabalha para os responsáveis pela obra,
há cerca de 20 dias os operários da construção vinham pedindo para Drumond
retirar o carro da calçada.
Eles precisavam da remoção para cimentar a calçada, conforme previsto no
projeto da obra aprovado na prefeitura. "Tentamos falar, pedimos [para Drumond],
mas ele disse para ninguém colocar a mão no carro, disse que tem autorização da
prefeitura", afirmou o mestre de obras Adilson Antônio de Souza, 38.
"Falamos com o dono da obra, que mandou cimentar o passeio", completou o
operário.
Carro cimentado na calçada da avenida Barão
Homem de Melo, em Belo Horizonte
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A advogada da obra disse que foi feita uma denúncia na prefeitura com pedido
de apuração de comércio irregular na rua, mas que a fiscalização esteve no local
e não teria visto nenhuma irregularidade. Segundo ela, foi tentado de tudo para
a retirada do veículo.
Mafaldo disse que a retirada do carro é necessária para que a calçada seja
concluída. Segundo ela, os responsáveis pela obra deram um projeto arquitetônico
para a prefeitura executar, de forma a transformar a rua inacabada em uma
ligação para pedestres, com escada e jardim.
Ela disse que nos próximos dias deve entrar com ação na Justiça para a
retirada do carro, já que a obra tem prazo para ser concluída.
A reportagem entrou em contato com Márcio Drumond, que disse que se
manifestaria por e-mail, mas até as 18h15 não enviou resposta à reportagem.
Procurada, a administração regional oeste da prefeitura ficou de pesquisar
sobre a denúncia de comércio irregular feita pela obra, mas ainda não respondeu.
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